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O(a) Melhor

Eu converso com às minhas crianças sobre a importância delas terem confiança no que fazem, de acreditarem nas suas qualidades, procuro incentivar os seus projetos e de lembrar sobre a importância de saberem participar e ser felizes mesmo que não sejam o número 1.

Quando me deparo com esse número elevado de crianças que ingressam na adolescência com depressão, me questiono se nós pais não estamos potencializando em nossas crianças a cobrança para que se tornem o(a) “the best”.

Ser “o(a) mais bonito(a)”! Como querer determinar que seu/sua filho(a) seja “number one” de algo tão subjetivo?

Se seu/sua filho(a) praticar esporte, não seria estúpido da sua parte exigir que sua cria seja o(a) melhor de todo(a)s? Isso vale também para a música, artes etc.

Certa feita, um cidadão assistia ao seu filho na quadra de um ginásio da cidade, e suas reações me faziam lembrar de um animal colérico, aos urros, revoltado com “os erros” do filho durante o jogo. A vontade que tive naquele momento era dizer coisas como “relaxe, não queira impor que seu filho seja o que você não conseguiu”, “ser o primeiro no futebol é para um em um milhão, ainda que seu filho não seja o ‘melhor de todos’, ele poderá ser destacado e levar uma vida agradável”.

Esse é a mensagem que queria transmitir para todos os pais e mães de nosso País, que é preciso serem realistas com suas crianças, dizerem que se elas se esforçarem muito, poderão se sobressaírem sobre os demais, mas não significa que serão o(a) melhor de todo(a)s, que haverão momentos em que até poderão chegar ao posto máximo, mas que na maior parte dos casos, a probabilidade de não ser o(a) mais destacado(a) é o que pode ocorrer, mesmo que tenha se esforçado para tal.

Queiram que suas crianças sejam pessoas descentes e honestas, que acreditem e busquem seus sonhos, sem a necessidade de endeusamento e paranoia. aloisio.or

 
 
 

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